Carlos Beretta, Ex -Instrutor da Universidade de São Carlos, é um estudioso e conhecedor na área da saúde, tendo desenvolvido uma técnica própria de abordagem das doenças e sofrimentos humanos. Baseia-se na Medicina Tradicional Chinesa, na Medicina Egípcia, na Medicina Indiana e nos grandes pensadores ocidentais do século XX.
O Que É Biotipologia
Temperamento vem do latim temperamentu, estado fisiológico ou constituição particular do corpo. Dic. Aurélio
Explicar o temperamento humano tem sido, desde os tempos remotos, uma constante preocupação.
Embora não seja tarefa fácil, o temperamento tem contribuído para se compreender a natureza humana e pode ser entendido como a maneira ou forma com que uma pessoa pensa, age e fala.
Os egípcios em seus primórdios de civilização acreditavam que habitavam corpos de animais e, dentro de uma análise feita pelos mesmos, dividiam a humanidade em 4 temperamentos, os quais consideravam serem originários de grupos animais específicos
Os fundadores das escolas filosóficas gregas tiveram a sua iniciação no Egito, agregaram à sua cultura o conhecimento dos quatro temperamentos. Quando Roma dominou a Grécia, incorporou estes conhecimentos, que passaram a ser estudados no mundo ocidental.
Na Grécia antiga, Hermes Trimegisto, cujos termos designam “Hermes, o três vezes grande”, nome dado pelos egípcios a Thot, deus lunar e assimilado como Mercúrio pelos romanos, classificou e definiu o temperamento em quatro categorias: o fleumático, o colérico, o sanguíneo e o melancólico. É possível também encontrar definições como renal, hepático, cardíaco e pulmonar, nomenclatura esta será adotada neste texto.
No começo do século XX, esse estudo foi dinamizado por grandes pensadores como Freud (psicanálise), Jung, Rudolf Steiner (antroposofia), e outros.
Freud, vol II – 1893-1895, nos diz: “Estamos familiarizados com as grandes variações individuais que se encontram a esse respeito: as grandes diferenças entre as pessoas vivazes e as inertes e letárgicas, entre as que “não conseguem ficar paradas” e as que tem o “dom inato de se espreguiçarem nos sofás”, e entre os espíritos mentalmente ágeis e os embotados, que conseguem tolerar a inação intelectual por um período ilimitado de tempo. Essas diferenças, que constituem o “temperamento natural” de um homem, por certo se baseiam em profundas diferenças em seu sistema nervoso – no grau em que os elementos cerebrais funcionalmente quiescentes liberam energia.
Um homem “sanguíneo” sempre se delicia com novas pessoas e coisas e isso sem dúvida ocorre porque a intensidade de suas imagens mnêmicas é menor em comparação com a das novas impressões num homem mais tranqüilo e “fleumático”.”
Rudolf Steiner nos diz: “O próprio fato de que o temperamento do homem se mostra, por um lado, como algo tendente ao individual, como algo que faz serem os homens diferentes uns dos outros, e por outro lado os reúne novamente em grupos, provando-nos que o temperamento deve ser algo ligado tanto ao mais íntimo cerne da essência humana como à natureza humana em geral.
No fundo, a verdade é que todo homem se apresenta com seu temperamento próprio; entretanto pode-se distinguir determinados grupos de temperamentos humanos: o sanguíneo, o colérico, o fleumático e o melancólico.”
Cada biotipo tem características específicas. Entretanto, dependendo de fatores culturais, da educação recebida, e das tendências dos cinco elementos da Medicina Chinesa, o indivíduo pode apresentar um comportamento um pouco diferente dos descritos aqui. Temos 4 temperamentos para 80 variações comportamentais, mas quando sob pressã0 o instinto ficará mais evidente.
Carlos Beretta
Natural de São Carlos, no interior do Estado de São Paulo. Desde criança, Carlos Beretta demonstrava interesse por medicinas alternativas.
Ainda jovem, serviu no Batalhão da Guarda Presidencial, em Brasília, atividade que lhe permitiu entrar em contato com os índios e as tradições da tribo Terenas, em Campo Grande, e com outras tribos no Xingu. Na região de Goiás e Mato Grosso conheceu os “raizeiros”, preparadores de fórmulas com raízes e animais para tratar dos mais diversos males.
Economista, atuou como consultor de várias empresas até se aposentar, quando passou a dedicar-se integralmente a pesquisas relacionadas a doenças, alimentação e energia.
Em 1980, se interessou por acupuntura e medicina chinesa, estudando os 700 pontos energéticos do corpo humano, especializando-se em “Ryodoraku” (rio de energia, em japonês), um aparelho eletrônico que traça o mapa energético das pessoas. Utilizou seus conhecimentos dando atendimento em comunidades carentes em Santos, Campo Grande e Campinas.
Em Campinas tomou conhecimento das experiências sobre biotipologia do terapeuta coreano Kang, que morreu sem deixar nada escrito e apenas um discípulo, o padre Augusti, residente na cidade de Guaimbê, na região de Marília. “Fui à clínica do padre ensiná-lo a trabalhar com o “Ryodoraku” e acabei encontrando os conhecimentos da biotipologia de Kang e seu ajuste alimentar”, conta.
O conhecimento acumulado por Carlos Beretta ao longo dos anos, levou-o a ser convidado pela Universidade Federal de São Carlos, onde lá como instrutor desenvolveu cursos de extensão universitária em medicina oriental e divulgou os fundamentos da Biotipologia Humana.
Em 1999, viajou para a Espanha percorrendo o Caminho de Santiago Compostela a pé, por cerca de 800 km. No trajeto, tratou diariamente de peregrinos oriundos de muitos países, podendo comprovar, na prática, que a biotipologia é universal. Seu trabalho foi integralmente documentado pela rede de televisão finlandesa.
No mesmo ano, foi convidado e participou da Conferência Mundial de Saúde, em Cuba.
Autor do livro sobre Biotipologia, atualmente mantém uma clínica em São Paulo e atende a grupos nas cidades de Campinas e Rio de Janeiro, além de fazer palestras em faculdades, empresas e clubes de serviço.